segunda-feira, novembro 01, 2010

Avaliação do Eixo VI - parte II

Na interdisciplina de Questões Étnico-Raciais na Educação, História e Sociologia foi muito importante, pois desenvolvi atividades que me fizeram refletir sobre temas como preconceito, discriminação, diversidade, etnias, entre outros. Percebi a importância de se trabalhar à ancestralidade dos alunos, resgatarem as suas histórias, fazendo com que eles se sintam parte dela, que aceitem e respeitem sua origem e que também aprendam a respeitar a história dos outros, pois a sociedade é composta por diversas etnias. Acredito que como educadores devemos desenvolver nos alunos a valorização e o respeito em relação às diferenças, como forma de acabar com o preconceito e a discriminação. Desta forma, procurando demonstrar que o aprendizado de uma cultura enriquece o conhecimento e que as diferenças existentes entre as etnias devem ser vistas como possibilidades de troca e enriquecimento mútuo.

Na interdisciplina de Psicologia vimos que a aquisição de todo conhecimento parte da ação. É nela que deverá estar baseado o ensino escolar. Ao invés de memorizar os conhecimentos expostos pelo professor, o aluno deverá aprender a sentir, perceber, compreender, conceituar, raciocinar, discutir e transformar. De acordo com Piaget, o ser humano nasce inteligente e é capaz de responder aos estímulos provocados pelo meio, agindo sobre ele para construir e organizar o seu próprio conhecimento de forma estruturada e elaborada. Segundo as idéias de Piaget, o conhecimento é construído pelo aluno, e não transmitido pelo professor, cabe a professores e familiares proporem aos sujeitos atividades lúdicas, experiências físicas sobre os objetos, assim o sujeito agiria sobre eles construindo conceitos, assimilando, acomodando e equilibrando.

Na Interdisciplina de Filosofia estudamos grandes filósofos como Adorno, Kant e Foucault .Segundo Adorno e Kant, a educação deve se orientar pela necessidade de formar sujeitos capazes de falar e agir por si próprios. Ambos apostam na razão como condição para que o homem atinja a finalidade da sua existência, o esclarecimento e a emancipação, bem como tenha a capacidade de pensar com autonomia. Para Kant, educar é formar o homem na direção do progresso geral da humanidade, isto é, a educação é compreendida como possibilidade de um aperfeiçoamento contínuo. Foucault afirma que a construção do indivíduo se dá através da moral e da ética.

Na interdisciplina Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, realizei um trabalho muito interessante, um Estudo de Caso de um aluno Portador de Necessidades Especiais.

As leituras realizadas ao longo do semestre, assim como o Estudo de Caso contribuíram para que eu pudesse perceber a fragilidade da minha escola no que diz respeito à inclusão escolar. Através dos estudos pude perceber que as dificuldades apresentadas são muitas como: falta de acessibilidade e de estrutura física, falta de qualificação dos professores (formação continuada) e de serviços especializados (sala de recursos, serviços de orientação e supervisão...), falta de recursos materiais, de integração da família e também de um currículo e um Projeto Político Pedagógico voltado para a educação inclusiva.

Durante a realização do meu estudo de caso ficou evidente que minha escola ainda não está preparada para a inclusão e que infelizmente essa é a realidade da maioria das escolas. A inclusão de crianças com necessidades educacionais especiais é um dois maiores desafios da escola. A escola precisa de mudanças profundas quanto à estrutura física, acessibilidade e recursos pedagógicos. É importante que os educadores e todos os profissionais envolvidos reflitam sobre esse novo contexto e busquem estratégias para construir uma escola realmente inclusiva.

Um comentário:

Grace Milcharek disse...

Oi Sandra! Quantos aprendizados construídos que contribuíram para o teu fazer pedagógico, como também o novo olhar do educador.
Ao ler tuas reflexões é possível perceber que o PEAD inovou aprendizagens, práticas e plantou a semente, agora é seguir em frente.

Com carinho,
Grace Maria