terça-feira, dezembro 28, 2010

FELIZ ANO NOVO


Dentro de alguns dias, um Ano Novo vai chegar a esta estação.
Se não puder ser o maquinista, seja o seu mais divertido passageiro.
Procure um lugar próximo à janela desfrute cada uma das paisagens que o tempo lhe oferecer, com o prazer de quem realiza a primeira viagem.
Não se assuste com os abismos, nem com as curvas que não lhe deixam ver os caminhos que estão por vir.
Procure curtir a viagem da vida, observando cada arbusto, cada riacho, beirais de estrada e tons mutantes de paisagem.
Desdobre o mapa e planeje roteiros.
Preste atenção em cada ponto de parada, e fique atento ao apito da partida.
E quando decidir descer na estação onde a esperança lhe acenou não hesite.
Desembarque nela os seus sonhos...
Desejo que a sua viagem pelos dias do próximo ano, seja de

PRIMEIRA CLASSE
Feliz Ano Novo!

segunda-feira, dezembro 06, 2010

Eixo IX – Avaliação final

Interdisciplinas desenvolvidas durante o Eixo IX: Seminário Integrador IX; Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

Na interdisciplina Seminário Integrador IX nossa atividade consistiu em avaliar todos os eixos desenvolvidos durante o curso do PEAD e registrar no portfólio (Blog).

Ao longo o curso o portfólio (blog) tornou-se um importante instrumento de aprendizagem e avaliação. Ele teve como propósito servir como guia de registro demonstrativo da trajetória de desenvolvimento no curso do PEAD. Ele foi importante, pois contribuiu para a reflexão, aprofundamento e enriquecimento da prática pedagógica. De acordo com Paulo Freire, “... na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática” (FREIRE, 1996, p. 43-44). O portfólio permitiu que eu olhasse para o meu fazer, permitiu questioná-lo e modificá-lo conforme novas propostas. Foi uma importante ferramenta, pois mostrou as realizações do processo, evidenciando os pontos fortes da prática pedagógica e o enfrentamento ou superação das limitações. De uma maneira geral o portfólio possibilitou amadurecer a minha prática e também a construir novos conhecimentos.


O trabalho de conclusão de curso analisa as práticas artísticas realizadas durante a aplicação de um projeto com o tema “Eu (identidade) e as pessoas que me rodeiam”, desenvolvido no primeiro semestre do ano de 2010 em uma turma de 1º ano do Ensino Fundamental de uma escola estadual do município de Alvorada/RS. Visa analisar a questão das práticas artísticas como eixo favorecedor da aprendizagem de alunos do 1º ano de Ensino Fundamental. O estudo foi norteado pelas seguintes questões: Qual a importância das artes na Educação? Quais as formas de contribuição das diferentes linguagens da arte na aprendizagem? Qual a importância das práticas artísticas como eixo facilitador da aprendizagem de alunos do 1º ano do Ensino Fundamental? As análises apóiam-se nos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), nos estudos de Borba e Goulart (2006) e Ferraz e Fusari (1999). As análises indicam que realizar atividades artísticas contribui para desenvolver a expressão, a criatividade, a sensibilidade, a imaginação e a percepção, elementos que são importantes no processo criativo das crianças. Além disso, as crianças aprenderam cores, formas, linhas e construíram conceitos. As práticas artísticas utilizadas também favoreceram o desenvolvimento de habilidades motoras e a atenção que são necessárias e facilitam no processo de alfabetização.


Tudo que estudamos durante o curso do PEAD produziu mudanças significativas em todos os aspectos da minha vida, pois todas as interdisciplinas vieram de encontro a minha prática. Todos os estudos e trabalhos realizados contribuíram para uma reflexão diária sobre a prática, possibilitando o meu aperfeiçoamento pessoal e profissional.

quarta-feira, novembro 24, 2010

Avaliação do Eixo VIII - final



Acredito que todas as atividades realizadas durante o estágio foram importantes e contribuíram de alguma forma para o ensino/aprendizagem dos alunos e também para o crescimento e aprimoramento dos mesmos. Quero destacar que durante todo o trabalho desenvolvido eu procurei valorizar os conhecimentos dos meus alunos, pois segundo Vygotsky (1998), quando a criança chega à escola já está dotada de conhecimentos prévios que a escola deve reconhecer e trabalhar. Também procurei oportunizar muitos momentos de pesquisa, pois de acordo com Paulo Freire (1996, p. 32) “não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino”. A partir das pesquisas realizadas e dos dados coletados construímos gráficos, atividade que eu nunca havia desenvolvido com meus alunos, por pensar que seria de difícil compreensão. Mas ao contrário do que eu imaginava, as pesquisas despertaram a curiosidade dos alunos e motivaram a aprendizagem, e os gráficos construídos foram facilmente compreendidos por todos. Também procurei propiciar muitos momentos lúdicos, pois acredito que favorecem a aprendizagem e tornam as aulas mais atraentes e interessantes. Através da ludicidade os alunos são capazes de explorar sua criatividade, melhorando sua conduta no processo ensino-aprendizagem e sua auto-estima.

De acordo com Ângela Meyer Borba,

O plano informal das brincadeiras possibilita a construção e a ampliação de competências e conhecimentos nos planos da cognição e das interações sociais, o que certamente tem conseqüências na aquisição de conhecimentos no plano da aprendizagem formal (BORBA, 2007, p. 38).

Algo que produziu impacto e marcou a aprendizagem dos alunos durante o estágio curricular foram às aulas semanais no ambiente informatizado. Eles ficavam ansiosos aguardando o dia, não faltavam às aulas, durante o desenvolvimento da atividade ficavam tão concentrados que parecia que não havia alunos no ambiente. Foi uma luta conseguir que a direção da escola liberasse o ambiente informatizado para que fosse utilizado, mas após muita insistência ela finalmente autorizou.

As aulas no ambiente informatizado foram sem dúvida uma conquista muito importante e que acabaram contribuindo para motivar outros professores a também utilizar esse recurso; com isso o espaço antes não utilizado, passou a ser muito disputado.

A partir da minha prática, percebi que é necessário tomar a criança como ponto de partida e compreender como ela é, envolvendo sempre afeto, o prazer, o brincar, o movimento, a expressão oral e escrita, a música e a matemática. É muito importante ressaltar que o educador deve sempre respeitar o nível cognitivo, afetivo e motor que de cada aluno.

A escola tem a função de educar com comprometimento e responsabilidade, priorizando sempre o aluno como ser em desenvolvimento capaz de mudar as coisas e o mundo ao seu redor. Por isso, o educador deve estar sempre oportunizando e mediando experiências voltadas para o desenvolvimento integral da criança.

O estágio curricular foi um momento da minha formação no qual pude me aprofundar mais, refletir mais, enfim, colocar em prática aquilo que adquiri em termos de conhecimento e teoria dentro do curso de graduação e aplicar as contribuições das aulas e interdisciplinas, vivenciar experiências e também estabelecer uma relação entre a teoria estudada e a prática.

A partir da minha prática, percebi que é necessário tomar a criança como ponto de partida e compreender como ela é, envolvendo sempre afeto, o prazer, o brincar, o movimento, a expressão oral e escrita, a música e a matemática. É muito importante ressaltar que o educador deve sempre respeitar o nível cognitivo, afetivo e motor que de cada aluno. Oportunizar as interações com o meio e os outros e também valorizar os conhecimentos prévios dos alunos.

A escola tem a função de educar com comprometimento e responsabilidade, priorizando sempre o aluno como ser em desenvolvimento capaz de mudar as coisas e o mundo ao seu redor. Por isso, o educador deve estar sempre oportunizando e mediando experiências voltadas para o desenvolvimento integral da criança.

A minha prática mostrou que, apesar das limitações e desafios que a educação, principalmente a pública, apresenta, é possível fazer sim uma escola diferente, capaz de mudar situações, fazer dela um lugar, aonde os alunos tenham prazer de ir, pois ela pode ser um espaço de descoberta e participação, no qual as pessoas se tornam gente, gente social e feliz.

terça-feira, novembro 23, 2010

Avaliação do Eixo VIII

Interdisciplinas desenvolvidas: Seminário Integrador VIII; Estágio Supervisionado em Docência Anos Iniciais.

Na interdisciplina Seminário Integrador VIII nossa atividade consistiu em refletir sobre o desenvolvimento do estágio e registrar no portfólio (Blog), uma importante ferramenta que mostra as realizações do processo, evidenciando os pontos fortes da prática pedagógica e o enfrentamento ou superação das limitações.

O estágio supervisionado foi muito importante para o meu aperfeiçoamento enquanto profissional e acadêmica de Pedagogia, pois proporcionou unir a prática que eu já possuía com a teoria adquirida durante o curso do PEAD.

Meu estágio curricular foi realizado em uma escola Estadual no município de Alvorada/RS, com uma turma de 1º ano do Ensino Fundamental, no qual desenvolvi o projeto com o tema “Eu (Identidade) e as pessoas que me rodeiam”. Este tema possibilitou desenvolver no aluno o conhecimento de si mesmo. A turma era composta por 19 alunos, sendo onze meninos e oito meninas com idades entre 6 e 7 anos. A partir da identidade do aluno e do seu cotidiano, foi possível explorar as noções de tempo e espaço, tomando como base as relações que ele estabelece junto à família, na própria casa, na escola, na rua... Através de sua realidade o aluno aprende a situar-se no mundo e no meio em que vive, conhece a relação existente entre ela e as pessoas, desenvolve a capacidade de pensar historicamente, permitindo-lhe localizar-se dentro do contexto histórico. Penso que se conhecendo mais e melhor, os alunos desenvolvem a auto-estima e consequentemente melhoram o desenvolvimento nas relações e conflitos pessoais e as relações com o mundo exterior.

A prática de ensino buscou propiciar que os alunos aos poucos, se reconhecessem como sujeitos históricos e cidadãos, desenvolvendo a auto-estima, a afetividade e a tolerância, capacidades necessárias para uma vivência saudável e solidária.

O tema “Eu (Identidade) e as pessoas que me rodeiam” possibilitou desenvolver no aluno o conhecimento de si mesmo. A partir da identidade do aluno e do seu cotidiano, foi possível explorar as noções de tempo e espaço, tomando como base as relações que ele estabelece junto à família, na própria casa, na escola, na rua... Segundo Rego, “para Vygotsky o sujeito se constitui como pessoa principalmente a partir de suas interações sociais, a partir das trocas estabelecidas com seus semelhantes” (REGO, 2002, p.109). Através de sua realidade o aluno aprende a situar-se no mundo e no meio em que vive, conhece a relação existente entre ela e as pessoas, desenvolve a capacidade de pensar historicamente, permitindo-lhe localizar-se dentro do contexto histórico. Acredito que ao abordar a história dos alunos, contribuí para eles se identificarem mais facilmente como sujeitos históricos capazes de agir e transformar o mundo ao seu redor.

Durante todo o desenvolvimento do projeto de estágio procurei resgatar a história de vida de cada criança, buscando salientar que cada um possui uma natureza singular, mostrando que cada pessoa possui características próprias, que todos são diferentes e únicos no mundo, no intuito de fazer com que cada criança fosse capaz de ver-se e aceitar-se como parte integrante do meio inserida em uma família e em sociedade. Penso que se conhecendo mais e melhor, os alunos desenvolvem a auto-estima e consequentemente melhoram o desenvolvimento nas relações e conflitos pessoais e as relações com o mundo exterior.

sábado, novembro 13, 2010

Avaliação do Eixo VII

Interdisciplinas desenvolvidas: Seminário Integrador VII; Educação de Jovens e Adultos no Brasil; Linguagem e Educação; Didática, Planejamento e Avaliação; Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.

Todos os estudos realizados durante o semestre foram importantes para a minha aprendizagem, pois contribuíram para uma reflexão sobre a minha prática.

Na interdisciplina Seminário Integrador VII aprendemos sobre as arquiteturas pedagógicas. Vimos que é um excelente recurso, pois seu uso favorece o processo de ensino-aprendizagem, a interação, a cooperação e a investigação para a busca de soluções para questões consideradas significativas para os educandos, desenvolvendo com isso a autonomia. Em grupo realizamos um projeto envolvendo arquiteturas pedagógicas.

Na interdisciplina Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS vimos que a língua da comunidade surda brasileira (LIBRAS) possui a sua própria estrutura e gramática através do canal comunicação visual. Consiste de sinais que surgem da combinação de configurações de mão, movimentos e de pontos de articulação, locais no espaço ou no corpo onde os sinais são feitos, os quais, juntos compõem as unidades básicas dessa Língua, um sistema linguístico de transmissão de idéias e fatos, que como qualquer língua, também existem diferenças regionais. Em quase todas as cidades vamos encontrar associações de surdos onde eles se reúnem e convivem socialmente.

Apesar de todo o avanço tecnológico ter contribuído bastante para a vida dos surdos, e de existir leis especificas que asseguram direitos aos mesmos, penso que o caminho ainda é de muita luta, principalmente para que essas leis deixem de existir apenas no papel e sim que sejam aplicadas na prática. No Brasil muitas escolas de surdos utilizam um ensino estruturado por ouvintes, não respeitando a cultura, língua e identidade das pessoas surdas porque desconhecem ou conhecem muito pouco de suas realidades.

Na interdisciplina Linguagem e Educação aprendemos que a sociedade na qual vivemos está cada vez mais centrada na circulação de informações de conhecimentos que vêm pela imagem e pela escrita, ser alfabetizado, isto é, saber ler e escrever é insuficiente para responder adequadamente as demandas contemporâneas. De acordo com Kleiman,

[...] a escola, a mais importante das agências de letramento, preocupa-se, não com o letramento, prática social, mas com apenas um tipo de prática de letramento, a alfabetização, o processo de aquisição de códigos (alfabético, numérico), processo geralmente concebido em termos de uma competência individual necessária para o sucesso e promoção na escola (KLEIMAN, 2006).

É preciso ir além da simples aquisição do código escrito; é preciso fazer uso da leitura e da escrita no cotidiano, oferecer diferentes suportes e tipos de textos, de modo a apropriar-se da função social dessas duas práticas, fazer com que os alunos sintam-se incluídos nesse mundo letrado.

A interdisciplina Educação de Jovens e Adultos no Brasil mostrou que os alunos da EJA representam uma grande parcela da população brasileira que por algum motivo não teve acesso direto ao direito básico constitucional de frequentar a escola no tempo previsto pela lei. São migrantes de comunidades rurais, trabalhadores formais e informais, desempregados e donas de casa que sabem muito bem a dificuldade de viver numa grande cidade sem o domínio da leitura e da escrita. Em algum momento da sua vida esses jovens e adultos já passaram pela escola, na maioria dos casos essa experiência foi traumática. Apesar de muitas lutas, acordos e leis, a EJA ainda tem um longo caminho a percorrer até se tornar um direito constituído e assumido pelos governos. Idéias antigas como “erradicação do analfabetismo” ainda acompanha as ações que se implementam pelo Brasil afora, o que demonstra que ainda há muito a fazer para se superar o caráter de campanha e avançar na construção de uma política pública que se sustente para além de único governo.

O EJA já conseguiu um avanço significativo em relação a sua história, no entanto, ainda tem muitos desafios para superar como: o avanço da expansão nas redes públicas de ensino, a conscientização dos governos municipais e estaduais sobre a importância e necessidade de se investir na EJA, a necessidade de se investir na formação dos professores...

Na interdisciplina Didática, Planejamento e Avaliação estudamos as filosofias Taylorismo e Fordismo no qual foi possível constatar que atualmente elas ainda existem em nossas instituições de ensino. Exemplos: currículo descontextualizado com conteúdos que não estão de acordo com a realidade dos alunos, onde não é respeitado o conhecimento prévio e se desconsidera as necessidades e interesses dos alunos, além de uma avaliação classificatória e excludente e também em alguns casos o poder e o autoritarismo ainda se fazem presentes. Atualmente, entende-se a escola como instituição social, plural, produtora de valores de conhecimentos políticos, culturais e sociais. Neste contexto, torna-se indispensável desenvolver a educação por meio da troca de conhecimentos, visando uma melhora na qualidade de ensino.

Aprendemos também sobre a importância do planejamento. Que ao planejar é preciso levar em consideração a realidade vivida pelos educandos, a cultura, as condições de vida, as relações sociais, através de um planejamento interdisciplinar que oportunize o desenvolvimento global do aluno possibilitando ações como: experimentar, experenciar, imaginar e problematizar. Vimos que infelizmente para muitos educadores o planejamento ainda é visto como um ato meramente burocrático. Segundo Gandin,

Planejamento é elaborar – decidir que tipo de sociedade e de homem se quer e que tipo de ação educacional é necessária para isso; verificar a que distância se está deste tipo de ação e até que ponto se está contribuindo para o resultado final que se pretende; propor uma série orgânica de ações para diminuir esta distância e para contribuir mais para o resultado final estabelecido; executar – agir em conformidade com o que foi proposto e avaliar – revisar sempre cada um desses momentos e cada uma das ações, bem como cada um dos documentos deles derivados (GANDIN, 1985, p. 22).

segunda-feira, novembro 01, 2010

Avaliação do Eixo VI - parte II

Na interdisciplina de Questões Étnico-Raciais na Educação, História e Sociologia foi muito importante, pois desenvolvi atividades que me fizeram refletir sobre temas como preconceito, discriminação, diversidade, etnias, entre outros. Percebi a importância de se trabalhar à ancestralidade dos alunos, resgatarem as suas histórias, fazendo com que eles se sintam parte dela, que aceitem e respeitem sua origem e que também aprendam a respeitar a história dos outros, pois a sociedade é composta por diversas etnias. Acredito que como educadores devemos desenvolver nos alunos a valorização e o respeito em relação às diferenças, como forma de acabar com o preconceito e a discriminação. Desta forma, procurando demonstrar que o aprendizado de uma cultura enriquece o conhecimento e que as diferenças existentes entre as etnias devem ser vistas como possibilidades de troca e enriquecimento mútuo.

Na interdisciplina de Psicologia vimos que a aquisição de todo conhecimento parte da ação. É nela que deverá estar baseado o ensino escolar. Ao invés de memorizar os conhecimentos expostos pelo professor, o aluno deverá aprender a sentir, perceber, compreender, conceituar, raciocinar, discutir e transformar. De acordo com Piaget, o ser humano nasce inteligente e é capaz de responder aos estímulos provocados pelo meio, agindo sobre ele para construir e organizar o seu próprio conhecimento de forma estruturada e elaborada. Segundo as idéias de Piaget, o conhecimento é construído pelo aluno, e não transmitido pelo professor, cabe a professores e familiares proporem aos sujeitos atividades lúdicas, experiências físicas sobre os objetos, assim o sujeito agiria sobre eles construindo conceitos, assimilando, acomodando e equilibrando.

Na Interdisciplina de Filosofia estudamos grandes filósofos como Adorno, Kant e Foucault .Segundo Adorno e Kant, a educação deve se orientar pela necessidade de formar sujeitos capazes de falar e agir por si próprios. Ambos apostam na razão como condição para que o homem atinja a finalidade da sua existência, o esclarecimento e a emancipação, bem como tenha a capacidade de pensar com autonomia. Para Kant, educar é formar o homem na direção do progresso geral da humanidade, isto é, a educação é compreendida como possibilidade de um aperfeiçoamento contínuo. Foucault afirma que a construção do indivíduo se dá através da moral e da ética.

Na interdisciplina Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, realizei um trabalho muito interessante, um Estudo de Caso de um aluno Portador de Necessidades Especiais.

As leituras realizadas ao longo do semestre, assim como o Estudo de Caso contribuíram para que eu pudesse perceber a fragilidade da minha escola no que diz respeito à inclusão escolar. Através dos estudos pude perceber que as dificuldades apresentadas são muitas como: falta de acessibilidade e de estrutura física, falta de qualificação dos professores (formação continuada) e de serviços especializados (sala de recursos, serviços de orientação e supervisão...), falta de recursos materiais, de integração da família e também de um currículo e um Projeto Político Pedagógico voltado para a educação inclusiva.

Durante a realização do meu estudo de caso ficou evidente que minha escola ainda não está preparada para a inclusão e que infelizmente essa é a realidade da maioria das escolas. A inclusão de crianças com necessidades educacionais especiais é um dois maiores desafios da escola. A escola precisa de mudanças profundas quanto à estrutura física, acessibilidade e recursos pedagógicos. É importante que os educadores e todos os profissionais envolvidos reflitam sobre esse novo contexto e busquem estratégias para construir uma escola realmente inclusiva.

domingo, outubro 31, 2010

Avaliação do Eixo VI


Interdisciplinas desenvolvidas: Seminário Integrador VI; Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais; Filosofia da Educação; Questões Ético-raciais na Educação, História e Sociologia; Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II.

Tudo que estudamos durante o semestre produziu mudanças significativas em todos os aspectos da minha vida, pois todas as interdisciplinas vieram de encontro a minha prática. Todos os estudos e trabalhos realizados contribuíram para uma reflexão diária sobre a prática. Muitos conceitos como: etnia, discriminação, diversidade, preconceito, necessidades educacionais especiais foram trabalhados pelas interdisciplina durante o semestre e foi tema das postagens no Portfólio de Aprendizagens (Blog). Entre as postagens destaco a referente à atividade Diversidade na Escola: Mosaico Étnico-Racial desenvolvida na Interdisciplina de Questões Étnico-Raciais na Educação.

O desenvolvimento da atividade foi importante para uma reflexão sobre a importância de trabalhar a ancestralidade dos alunos, resgatando a sua história, fazendo com que os alunos se sintam parte dela, que aceitem e respeitem sua origem e a história dos outros, pois a sociedade é composta por diversas etnias. E que as diferenças existentes entre as etnias devem ser vistas como possibilidades de troca e enriquecimento mútuo.

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais:

O grande desafio da escola é investir na superação da discriminação e dar a conhecer a riqueza representada pela diversidade etnocultural que compõe o patrimônio socioculturalbrasileiro, valorizando a trajetória particular dos grupos que compõem a sociedade. Nesse sentido, a escola deve ser local de diálogo, de aprender a conviver, vivenciando a própria cultura e respeitando as diferentes formas de expressão cultural. (BRASIL, 1997, P.32).

Na interdisciplina Seminário Integrador continuamos trabalhando com Projetos de Aprendizagem, montamos grupos e iniciamos um novo projeto. O tema escolhido foi “Pensando sobre a influência da mídia, Alvorada é realmente o município mais violento da região metropolitana?” Com este trabalho, não tínhamos a intenção de desmistificar a violência existente, mas sim começar um debate, primeiramente com o grupo, depois com nossos alunos, e em seguida com a comunidade, pois pensamos que este seja o papel dos Projetos de Aprendizagem, por em prática todo os dados e conhecimentos pesquisados por nós.Foi um trabalho muito enriquecedor.

terça-feira, outubro 26, 2010

Avaliação do Eixo V




Interdisciplinas desenvolvidas: Seminário Integrador V; Psicologia da Vida Adulta; Projeto Pedagógico em Ação; Organização e Gestão da Educação; Organização da Escola.

Todos os estudos realizados durante o semestre foram sem dúvidas muito importantes e contribuíram para a minha prática.

Na interdisciplina Seminário Integrador e Projeto Pedagógico em Ação tivemos um grande desafio, desenvolver um projeto em grupo. O tema escolhido foi: “Reações que contagiam: Gargalhada”. Com o trabalho aprendi muito sobre o riso, principalmente que “quando uma situação fica difícil, nada como uma boa gargalhada para diminuir a tensão” Apesar de todas as dificuldades que tivemos para realizar o trabalho, o resultado ficou muito bom e apresentamos no 5º Salão de Educação a Distância da UFRGS.

Na interdisciplina Psicologia da Vida Adulta através da Teoria de Erikson percebi o quanto é importante ter ao longo de nossa vida uma filosofia saudável “aceitar o que você é, o que tem feito e que pode fazer”. Erikson através de sua teoria contribuiu para compreender como as pessoas desenvolvem seu senso de identidade. Os estudos sobre Maturana e Varela mostraram que o mundo não é pré-dado, e que o construímos ao longo de nossa interação. Somos “observadores”, e identificamos determinados comportamentos a partir de nossas vivências, isto significa que conhecimento se dá no momento que estamos interagindo no mundo.

As interdisciplinas Organização e Gestão da Educação e Organização da Escola foram importantíssimas para a minha prática, pois me aproximaram mais das escolas onde trabalho. Os estudos realizados contribuíram para uma reflexão sobre a educação e também sobre o funcionamento de algumas coisas na escola.

Uma questão importante é que a construção de uma sociedade democrática implica no desenvolvimento de uma ação democrática concreta em todos os espaços de interação social. A gestão democrática da escola é um passo importante no aprendizado da democracia, ela requer autonomia e participação em diferentes níveis, através do Conselho Escolar, que é o órgão máximo dentro da escola, constituído por representantes dos diversos segmentos (pais, alunos, funcionários e professores, e pelo diretor que é membro nato) e que juntos tomam decisões relativas ao cotidiano da escola, ou seja, a gestão democrática é feita por todos. Gestão democrática significa divisão de poder, onde todos têm o direito de participar na construção de uma escola melhor.

Outra questão importante diz respeito ao PPP e ao Regimento Escolar que são documentos importantíssimos para a construção de uma escola pública democrática de qualidade e transformadora, mas que normalmente ficam engavetados, quando deveria ser um manual atualizado para auxiliar a escola a ter coerência em suas ações. Estudos e modificações do PPP e Regimento são realizados somente quando há solicitação da mantenedora.

Através de estudos sobre Organização Curricular da Escola e Avaliação da Aprendizagem descobri que existe outras formas de organização curricular prevista do qual eu desconhecia e também que em relação a transferência minha escola adota o que é estabelecido na legislação, mas que nem sempre é cumprido o que é determinado, pois é comum recebemos alunos sem a documentação necessária, sem avaliação e até mesmo sem comprovação de que freqüentou a escola.

Aprendi que é essencial uma reflexão sobre a importância dos educadores na vida de um cidadão, pois este é nosso compromisso, nossa contribuição. Como se refere Rubem Alves, “a alegria de ensinar está dentro de cada um. Temos que sentir prazer ao ver os olhos de uma criança brilhando quando se deparam com o novo e também precisamos lutar para não perder o brilho de nossos olhos”.

terça-feira, outubro 05, 2010

Avaliação do Eixo IV

Interdisciplinas desenvolvidas: Seminário Integrador IV; Representação do Mundo pela Matemática; Representação do Mundo pelas Ciências Naturais; Representação do Mundo pelos Estudos Sociais.

Todos os estudos realizados durante o semestre foram importantes para a minha aprendizagem, pois contribuíram para uma reflexão sobre a minha prática.

Através dos estudos realizados refleti sobre os conceitos de Espaço e Tempo, trabalhados em todas as interdisciplinas e compreendi que a construção dos conhecimentos relacionados ao tempo e ao espaço só poderá realmente efetivar-se se a realidade vivida pelo aluno subsidiar de fato o trabalho do professor.

Através das aulas da interdisciplina de Ciências Naturais pude perceber que a observação é um dos processos mais importantes no Ensino de Ciências. É o processo mental mais simples e que fornece maior qualidade de material para o pensamento. Desenvolver a observação na criança é oportunizar atividades que ela utilize inteligentemente os sentidos, tornando-a uma observadora cuidadosa, capaz de relatar e interpretar com exatidão o que vê. Percebi também que o trabalho com atividades práticas é muito importante na aprendizagem de Ciências.

Através da interdisciplina de Matemática percebi que infelizmente o trabalho com a matemática nas escolas tem sido baseado na concepção de que a criança aprende matemática através de exercícios individuais e de informações dadas pelo professor. Essa prática tem levado a criança a repetir e a memorizar uma série de operações sem compreendê-las e sem conseguir relacioná-las com situações vividas no seu cotidiano, como se a matemática da escola fosse diferente da vida.

Percebi que a matemática constitui um desafio para todos os educadores e que há muito que fazer no sentido de transformar a matemática da escola em matemática da vida, capaz de levar a criança a ser um individuo reflexivo, independente e confiante em seus conhecimentos.

Outra coisa que contribuiu de forma significativa para a minha aprendizagem foi às oficinas de estudos realizadas no pólo. Através delas aprimorei meus conhecimentos no uso das ferramentas tecnológicas. Elas proporcionarem momentos maravilhosos de interação, socialização do saber e troca de conhecimentos.

quinta-feira, setembro 23, 2010

Avaliação do Eixo III


Interdisciplinas desenvolvidas: Seminário Integrador III; Artes Visuais; Literatura Infanto-Juvenil e Aprendizagem; Ludicidade e Educação; Musica na Escola; Teatro e Educação.

O semestre foi marcado por um grande desafio, o portfólio. Aprendi a fazer marcadores no blog para as postagens serem utilizadas, posteriormente, na construção do portfólio. A partir desse semestre o blog deixou de ser um diário e passou a ser um portfólio. As postagens no blog que até então eram simples, passaram a ser mais detalhadas, onde eu tentei refletir sobre a minha prática, buscando formas de melhorá-la a partir dos estudos realizados. Quanto às disciplinas todos contribuíram de alguma forma para a minha prática escolar.

Com literatura aprendi a forma correta de contar histórias;

Através da ludicidade descobri que não precisamos de um objetivo específico para utilizar o lúdico na sala de aula, pois podemos possibilitar que os alunos brinquem pelo simples prazer de brincar;

Com o seminário integrador aprendi que por mais difícil que uma atividade ou recurso seja, se tivermos coragem de ousar e enfrentar os desafios, é possível superar os obstáculos.

A disciplina de Teatro foi importante para eu refletir sobre o quanto a teoria é importante na prática, pois ajuda no planejamento e desenvolvimento do trabalho e também na superação de obstáculos.

A disciplina de Artes me mostrou um leque de possibilidades de trabalhar com a arte, através dela podemos trabalhar várias disciplinas (história, geografia, língua portuguesa, matemática...) e não puro e simplesmente desenhar e colorir.

A disciplina de música foi muito importante, contribuiu na reflexão sobre a minha prática, pois antes ela não exercia um papel significante nas minhas aulas, chegando a ponto de ser totalmente ignorada. Percebi que disponho de um recurso tecnológico na escola tão importante quanto o computador, que é o rádio. A partir daí a música passou a ser um importante recurso na aprendizagem.

sexta-feira, setembro 17, 2010

Avaliação do Eixo II


Interdisciplinas desenvolvidas: Seminário Integrador II; Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia I; Fundamentos de Alfabetização I; Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica; Infância de o a 10 anos.

Obtive muitas conquistas no decorrer do semestre no que diz respeito ao uso das ferramentas. Mas as conquistas que eu considero mais importantes foram à coragem, a superação e acima de tudo a perseverança, que não me deixou desistir nos momentos difíceis.

Foram muitas as dificuldades e os obstáculos, principalmente no que se refere ao tempo e uso dos recursos tecnológicos. Às leituras também foram outra dificuldade, pois em geral são bem extensas e complexas.

Esse semestre pra mim foi muito difícil, foram muitas tristezas, doenças e perdas de entes queridos e isso me causou um desanimo muito grande a ponto de quase desistir do curso e que eu espero poder superar no próximo semestre.

Acredito que tudo que estudamos durante o semestre produziu mudanças significativas em todos os aspectos da minha vida, pois todas as interdisciplinas vieram de encontro a minha prática. A necessidade de relacionar a teoria com a prática contribuiu para uma mudança muito importante no campo pessoal e profissional. Passei a ter um posicionamento mais critico, a expor o que penso e acredito e também a refletir diariamente sobre minha prática, pontuar as ações que abrangia a minha prática e as possíveis mudanças.

A atividade “entrevista com os alunos” do Seminário Integrador influenciou muito para que ocorressem mudanças na minha prática. A partir dela passei a observar mais os meus alunos, conversar sobre coisas do seu dia-a-dia, tornando as aulas mais produtivas e interessantes.

Quanto ao Blog, durante o semestre ele continuou sendo uma espécie de diário, onde registrávamos nossas dificuldades, angustias e conquistas.

segunda-feira, setembro 06, 2010

Avaliação do Eixo I

Começo Difícil

O começo foi muito difícil, pensei várias vezes em desistir do curso. Eram muitas informações, falta de tempo e falta de ritmo para realizar trabalhos em curtos prazos. O computador parecia mais um bicho de sete cabeças (Blog, e-mail, wiki, Rooda...) Minha maior dificuldade no início era a falta de conhecimento em relação ao uso das ferramentas tecnológicas, aliás, pra falar a verdade continua sendo até hoje. Quando iniciei o curso, não possuía computador, assim como eu, varias colegas frequentavam o pólo diariamente, para realizar os trabalhos e aprender a usar as ferramentas. Nosso ponto de encontro era a escada que dava acesso ao AI, parecia o muro das lamentações. Era o nosso cantinho para desabafar, chorar, trocar informações e buscar ajuda para realizar os trabalhos e principalmente ouvir uma palavra amiga para ter coragem de seguir em frente, diante das dificuldades do curso.

No início o Blog era uma espécie de diário, onde registrávamos nossas dificuldades, angustias e conquistas. Uma ferramenta importante, muitas vezes esquecido por causa da quantidade de trabalhos para fazer.

Rever as primeiras postagens do blog chega a ser até engraçado. Como eu escrevia pouco, economizava palavras. O que predominava nas minhas postagens eram as imagens que serviam para demonstrar os meus sentimentos em relação ao curso. Depois a alegria ficou por conta “gifs animados” que tomaram conta e enfeitavam o blog.

Só passei a utilizar o blog com frequência para postar atividades da interdisciplina Escola Cultura e Sociedade que, diga-se de passagem, foram muitas.

Interdisciplinas desenvolvidas: Seminário Integrador I; Escola, Cultura e Sociedade; Escola, Projeto Pedagógico e Currículo Educação; Tecnologias da Informação e Comunicação.

Na interdisciplina Escola, Cultura e Sociedade as leituras sobre os grandes pensadores da sociologia Durkheim, Weber e Marx e Engels, me fizeram refletir sobre a educação, em atividades propostas descrevi situações da minha vivência escolar analisadas a partir da teoria de Weber “Os três tipos puros de dominação legítima” onde conclui que as dominações estão presentes em todas as situações que vivenciamos, inclusive na escola. A interdisciplina Escola, Projeto Pedagógico e Currículo através das leituras sobre Paulo Freire, Lucia Carrasco, Maurice Tardif, etc. me fizeram refletir sobre minha prática docente. Nas atividades descrevi situações de sala de aula ou vivências pessoais analisadas a partir das leituras propostas. Foi muito legal a interação que está interdisciplina proporcionou.

Minha escola, atividade proposta pela interdisciplina Seminário Integrador me aproximou muito de uma das escolas que trabalho, no caso a que retratei E.M.E.F. Padre Léo Seidel. Com a atividade tomei conhecimento sobre o projeto político pedagógico da escola, elaborado antes da minha entrada na escola e pude mostrar a todos um pouco da minha escola: história, objetivo, os projetos, enfim como ela trabalha.

Com as atividades da interdisciplina Educação e Tecnologias da Comunicação e Informação, aprendi muito sobre o uso das ferramentas e do leque de informações disponíveis, do quanto o uso das tecnologias podem contribuir para o ensino/aprendizagem. Já na primeira atividade (semana1) TICS (desafio 1 e 2) precisei criar soluções para situações do qual nunca imaginei, planejar aulas desenvolvidas em sala de aula e aplicadas no laboratório de informática, sem duvida dois grandes desafios, imaginar situações que não fazem parte da minha realidade. Trabalho em duas escolas e apenas uma tem laboratório de informática, onde minha turma tem aula quinzenal, eu no inicio apenas acompanhava meus alunos, mas após fazer parte do curso do PEAD comecei a participar das aulas auxiliando meus alunos nas atividades propostas pela professora do laboratório (jogos da turma da Mônica), coisas simples com mudar a atividade, voltar, escolher cores, etc. foi muito gratificante.

domingo, julho 04, 2010

Relato de experiência sobre alfabetização


Fui convidada recentemente pela diretora da outra escola (municipal) para falar sobre alfabetização em uma reunião pedagógica. Ela solicitou que eu falasse sobre a minha experiência como alfabetizadora e também sobre a Psicogênese (níveis) segundo Emília Ferreiro, pois percebeu que havia necessidade pelo fato da maioria das professoras serem novas na escola.
Na hora do convite eu fiquei com receio, pensei “porque logo eu”, ”porque não trazem uma pessoa especializada para falar”, mas depois fiquei super orgulhosa, a final é tão bom, quando nosso trabalho é reconhecido, quando somos valorizados por nossos esforços.
No dia da reunião, eu iniciei falando sobre a minha experiência como alfabetizadora, as dificuldades, a necessidade de buscar aperfeiçoamento e, lógico a contribuição do curso do PEAD. Falei do quanto é difícil o trabalho com alfabetização, pois muitas vezes não temos a colaboração dos pais, falta atendimento especializado para alunos que apresentam dificuldades, muitas escolas não possuem laboratório de aprendizagem, etc. Mas também do quanto é gratificante, de como eu me sinto feliz a cada avanço de um aluno. Também preparei uma apresentação (Power point) sobre a Psicogênese da escrita. Foi uma experiência muito boa, acho que pelo fato de ter apresentado a colegas me senti tranquila. No final nós conversamos e trocamos experiências.

segunda-feira, junho 28, 2010

Reflexão: Falta de interação entre os professores

Um obstáculo que eu percebi durante meu estágio, não uma dificuldade propriamente dita, mas algo que eu observei e que me fez refletir foi à falta de interação com as colegas da escola. Senti-me sozinha durante o estágio, meu trabalho ficou isolado. Infelizmente isso é uma coisa que acontece com freqüência, pois muitos professores não são receptivos a trabalhos inovadores, diferentes daqueles em que estão habituados a realizar no dia-a-dia e também porque faltam momentos para trocas, já que nas reuniões pedagógicas normalmente são tratados apenas assuntos administrativos ou são para resolver problemas existentes na escola.
Como eu estou trabalhando com um 1º ano, percebo que cada um trabalha de um jeito. Uns pensam que o primeiro ano não deve alfabetizar, outros acham que as crianças dever ser alfabetizadas. Existem objetivos comuns a todos, mas não existe um consenso entre os professores, até porque a aprovação é automática independente do que foi atingido ou não. Isso acontece não só com o 1º ano, mas também com o 2º ano, onde cada professor utiliza o método de alfabetização que acredita ser o mais adequado a sua turma ou que se sinta seguro em trabalhar.

terça-feira, junho 22, 2010

Reflexão sobre trabalho com pesquisa e gráficos

Sempre trabalhei com turmas de alfabetização (1º e 2º ano) e confesso que certas atividades como, por exemplo: gráficos, eu nunca tinha havia trabalhado com meus alunos, pois achava que eles não conseguiriam aprender, não entenderiam ou não daria certo. Eu mudei essa visão a partir do curso do PEAD, que me proporcionou uma reflexão sobre minha prática. No meu projeto de estágio cujo tema é “Identidade” eu procurei incluir muita pesquisa e análise de dados, aliás, esse também foi um diferencial. A partir das pesquisas construímos gráficos, justamente o que eu achava que os alunos teriam dificuldades em compreender. Mas aconteceu justamente o contrário, as pesquisas despertaram a curiosidade dos alunos e motivaram a aprendizagem, e os gráficos foram facilmente compreendidos. Percebi que o mais difícil é contar com a participação efetiva dos pais, que é de fundamental importância no trabalho que envolve pesquisa, principalmente pelo fato dos alunos ainda não saberem ler e escrever. Acho que pelo fato da pesquisa e o tema de casa não serem uma tarefa que faça parte da rotina escolar, a participação dos pais ainda é pequena. Penso que cabe a nós educadores mudar isso, primeiro incluindo a pesquisa no dia-a-dia da escola, depois mostrando aos pais a importância da pesquisa no ensino/aprendizagem e mudando a idéia de que aprender consiste em encher o caderno.

sexta-feira, junho 18, 2010

Reflexão sobre planejamento

O estágio contribuíu para muitas reflexões sobre a minha prática, um exemplo é o planejamento. Sempre fiz meu planejamento diariamente, com o estágio passei a fazer semanalmente o que me permitiu uma maior contextualização dos conteúdos. A forma como eu organizei no pbworks em uma tabela com um dia ao lado do outro permitiu uma visualização melhor da semana me possibilitando uma melhor integração das aulas. Isso só veio a reforçar o que aprendi durante o curso sobre planejamento. Segundo Gandin, Planejamento é elaborar – decidir que tipo de sociedade e de homem se quer e que tipo de ação educacional é necessária para isso; verificar a que distância se está deste tipo de ação e até que ponto se está contribuindo para o resultado final que se pretende; propor uma série orgânica de ações para diminuir esta distância e para contribuir mais para o resultado final estabelecido; executar – agir em conformidade com o que foi proposto e avaliar – revisar sempre cada um desses momentos e cada uma das ações, bem como cada um dos documentos deles derivados (GANDIN, 1985, p. 22).
Infelizmente para muitos educadores o planejamento ainda é visto como um ato meramente burocrático. Na minha prática docente realizamos planejamento de curso e às vezes de unidade, mas na maioria das vezes apenas para cumprir uma formalidade, já que nem sempre ele é cumprido. Muitos professores não fazem planejamento, nem mesmo possuem um diário com as aulas registradas.
Segundo Schmitz, “Qualquer atividade, para ter sucesso, necessita ser planejada”.
O planejamento é uma espécie de garantia dos resultados. E sendo a educação, especialmente a educação escolar, uma atividade sistemática, uma organização da situação de aprendizagem, ela necessita evidentemente de planejamento muito sério. Não se pode improvisar a educação, seja ela qual for o seu nível” (SCHMITZ, 2000, p.101).

segunda-feira, junho 14, 2010

Avaliação

Trabalho em duas escolas em Alvorada, uma municipal e uma da rede estadual. Durante todos esses anos como educadora sempre tive turmas de alfabetização (1º e 2º ano), acho muito gratificante, pois cada dia consigo perceber o crescimento deles. Costumo avaliar meus alunos diariamente, pois com isso consigo perceber as dificuldades que eles apresentam e alterar meu planejamento na tentativa de sanar tais dificuldades. Através da observação eu avalio tudo: as atividades realizadas, a participação no grupo e nas aulas, o empenho em realizar as tarefas, a sua tentativa, o seu esforço.
As duas escolas possuem formas diferentes de avaliar. A escola do Município atende somente alunos de 1º a 5º ano e avaliação é através de relatório, onde uma parte marca-se um (X) no objetivo atingido pelo aluno (atingiu plenamente, parcialmente ou ainda não atingiu) e a outra é descritiva, apesar de não ter notas realizamos prova (atividades de avaliação) todo trimestre, que são entregues aos pais se o aluno está bem e retida caso apresente dificuldades. A escola do Estado atende alunos da pré-escola até o ensino médio, a avaliação na pré-escola e 1º ano é através de relatório de avaliação (igual ao do município), o 2º ano no 1º e 2º trimestre é através de relatório de avaliação e o último é nota (de 0 a 100), já os demais anos é nota com média 50. Também realizamos prova todos os trimestres, que são entregue aos pais juntamente com o relatório ou boletim.
Quando trabalho com turma de 2º ano a maior dificuldade que eu tenho em relação à avaliação é atribuir nota aos meus alunos no último trimestre, acho sem lógica. Já tentamos mudar, retirar a nota e utilizar somente relatório no 2º ano, mas não conseguimos.
Em ambas as escolas os relatórios e provas servem para mostrar aos pais que etapa se encontra o aluno, pra mim serve para intervir e corrigir as dificuldades apresentadas.
Apesar de ser muito discutida, ainda não existe um consenso sobre a avaliação. Para aperfeiçoar minha prática em relação à avaliação procuro estudar, ler bastante sobre o assunto, participar de formações e sempre utilizar a avaliação dos meus alunos para diagnosticar as dificuldades e tentar corrigi-las, jamais classificar, selecionar ou eliminar.

sexta-feira, junho 11, 2010

Refletindo sobre o preconceito presente na escola


Ao realizar um trabalho sobre diversidade pude perceber que infelizmente o preconceito é algo muito presente entre os alunos, um comportamento que já vem de casa. Durante uma conversa sobre diferenças, do respeito que devemos ter com as pessoas, independente das suas características físicas (aparência), da sua religião, de suas condições financeiras e que não devemos pôr apelido nas pessoas, um aluno falou que “tem gente que chama o outro de macaco só porque ele é negro”, imediatamente uma menina respondeu que “isso é muito feio, é falta de respeito”. Expliquei que existe uma lei que determina que é crime ofender uma pessoa por causa da sua cor e que ela pode ser presa por causa disso. Conversamos sobre a escravidão, uma aluna disse que tem uma novela a tarde que mostra os negros escravos, que batem neles e que são acorrentados para não fugir. Toda essa conversa contribuiu para uma reflexão sobre o papel da escola que é de respeitar e valorizar os afros-descendentes, compreender suas lutas e valores, ser sensível ao sofrimento, revertendo os perversos efeitos de séculos de preconceito, discriminações e racismo para que tenhamos uma sociedade democrática, justa e igualitária. Segundo Paulo Freire “Qualquer discriminação é imoral e lutar contra ela é um dever por mais que se reconheça a força dos condicionamentos a enfrentar” (FREIRE, 1996, p. 67). Para que as escolas desempenhem bem o seu papel, é necessário que se constituam em espaço democrático, mobilizando toda a comunidade escolar. Ainda segundo Freire, “Faz parte igualmente do pensar certo a rejeição mais decidida a qualquer forma de discriminação. A prática preconceituosa de raça, de classe, de gênero ofende a substantividade do ser humano e nega radicalmente a democracia”. (FREIRE, 1996 p.39,40). As diferenças existentes entre as pessoas devem ser vistas como possibilidades de troca e enriquecimento mútuo. Segundo Maturana, qualquer tipo de preconceito seja social, racial, religioso ou de gênero, deve ser questionado, criticado e banido do espaço escolar se quisermos educar para a aceitação e o respeito de si mesmo, que leva à aceitação e ao respeito do outro (MATURANA, 1999, p.32), para a reconstrução de uma sociedade mais justa e fraterna.

segunda-feira, junho 07, 2010

Refletindo sobre avaliação

Estamos no final do 1º trimestre nas escolas, momento em que construímos os relatórios de avaliação para e entregar aos pais. Sempre considerei a avaliação como algo delicado, em que temos que ter um cuidado especial com o que vamos avaliar, de que forma vamos avaliar e também com a linguagem utilizada. O curso do PEAD tem contribuído muito para uma reflexão sobre a avaliação, pois além da teoria estudada e de ser uma educadora, eu também sou aluna, e, portanto sou avaliada. Pra mim é sempre um momento difícil, os trabalhos postados, os comentários e principalmente quando chega o final de cada eixo e tem a construção do portfólio. A insegurança, o friozinho na barriga na apresentação é inevitável, e depois vem à ansiedade até a divulgação do resultado final. O estágio supervisionado tem contribuído ainda mais para uma reflexão sobre a avaliação. O fato de nesse momento eu ser aluna estagiaria do curso do PEAD, de ter um acompanhamento diário do meu trabalho em sala de aula pelas professoras e tutora, de receber visitas das mesmas, permitiu que eu me colocasse no lugar o do meu aluno e percebesse o quanto é difícil o processo de avaliação. Na turma (1º ano) em que estou realizando o estágio a avaliação se dá através da observação permanente. O resultado é expresso em parecer descritivo a cada final de trimestre. Além da minha avaliação, eu propus aos meus alunos uma autoavaliação, onde eles deveriam atribuir carinhas (alegre, se estivesse bom; zangada, se estivesse mais ou menos e triste, se considerassem que não ficou bom) aos trabalhos realizados. Um aluno fez um trabalho e colocou uma carinha alegre, quando ele me entregou eu observei que o desenho feito por ele foi pintando com uma cor só não respeitando os limites da linha. Eu questionei porque ele colocou uma carinha alegre, se ele achava que tinha realmente tinha ficado bom, ele prontamente me respondeu que sim. Perguntei porque ele achava que tinha ficado bom e ele me respondeu que era porque ele tinha dado o melhor dele. Eu fiquei sem ação diante da colocação dele, e isso contribuiu para reforçar o meu pensamento sobre o quanto é importante conhecer os alunos, observá-los diariamente, saber seus limites e capacidades para que ao final de cada trimestre a avaliação seja justa e leve em consideração tudo que foi construído pelo aluno ao longo do processo.

segunda-feira, maio 31, 2010

Texto coletivo sobre diversidade

AS PESSOAS SÃO DIFERENTES UMA DAS OUTRAS. EXISTEM PESSOAS MAGRAS, GORDINHAS, ALTAS, BAIXAS, DE PELE CLARA, DE PELE MORENA, DE OLHOS CLAROS, DE OLHOS ESCUROS, ENFIM, DE TUDO QUE É JEITO.
TODAS ESSAS DIFERENÇAS NÓS HERDAMOS DE NOSSOS PAIS, AVÓS, BISAVÓS...
SOMOS DIFERENTES, MAS SOMOS TODOS SERES HUMANOS. DEVEMOS RESPEITAR AS PESSOAS DO JEITO QUE ELAS SÃO.


O texto acima foi uma produção coletiva da minha turma de estágio (1º ano). Ele foi produzido a partir da releitura de gravuras de diferentes pessoas, que foram recortadas de revistas pelos alunos. Após a postagem no blog da professora, os alunos serão levados ao ambiente informatizado para visualizar e ler o texto. Ao retornarem para a sala será proposto aos alunos que produzam telas em folhas duplo ofício sobre diversidade, onde poderão utilizar giz de cera, tinta guache, canetinha hidrocor, lápis de cor ou recortes com imagens de revistas. Para a moldura será utilizado papel colorido rasgado de revistas.

sexta-feira, maio 28, 2010

Trabalho em grupo

Conforme relatei anteriormente consegui organizar a sala em grupos, em nosso primeiro trabalho desenvolvido em grupo, os alunos deveriam comparar as famílias (desenhos feitos na aula anterior), estabelecer as semelhanças e diferenças e depois apresentar aos colegas. Como nunca havíamos realizado um trabalho em grupo, achei que as dificuldades seriam maiores, mas até que para a primeira atividade, eles tiveram um bom desempenho deles durante a apresentação. O primeiro grupo teve mais dificuldades, quando chamei os alunos até a frente da turma para apresentar, a principio eles ficaram mudos, olhando um pro outro. Então comecei a questioná-los sobre suas famílias, quais as pessoas que faziam parte, quais das famílias representadas tinham o mesmo número de integrantes, qual a que tinha mais e menos... Então eles se soltaram e todo o grupo participou, inclusive os alunos que estavam assistindo. Os próximos grupos já se sentiram mais seguros no momento de apresentar, necessitando menos da minha intervenção para estabelecer as semelhanças e diferenças.Este foi um momento importante de reflexão sobre a importância do trabalho em grupo, o quanto esse tipo de atividade contribui para o desenvolvimento dos alunos.Antes do curso do PEAD eu não tinha essa percepção sobre a importância do trabalho em grupo, ele contribui para eu refletir que o trabalho em grupo além de favorecer a interação, também estimula a formação de certos hábitos e atitudes de convívio social, como: cooperar e unir esforços para atingir um objetivo comum; planejar em conjunto, aprender a dividir tarefas; ouvir, trocar idéias...

segunda-feira, maio 24, 2010

Visita das professoras

Na quinta-feira dia 20/05 recebi minha a primeira visita das professoras Célia e Maria de Nazareth, supervisoras do meu grupo de estágio Apesar de ter alguns anos de experiência como educadora, eu estava nervosíssima e ao mesmo tempo muito ansiosa aguardando a visita. Não adianta por mais que a gente já tenha prática, sempre bate aquela insegurança, principalmente pelo fato de saber que estamos sendo avaliadas. Minha turma é super tranquila, eu havia conversado com eles que receberíamos visita das minhas professoras, eles ficaram surpresos com o fato de eu ter professora também, queriam saber como ela era, que horário que eu estudava, foi um verdadeiro interrogatório. Eu disse a eles que elas viriam até a escola para conhecer a turma e ver os trabalhos desenvolvidos, mas mesmo assim fiquei com medo que alguma coisa saísse errada, até porque os alunos gostam de chamar a atenção quando tem alguém diferente visitando a turma. Apesar de toda a tensão, receber a visita das professoras é algo muito positivo para o nosso trabalho, pois ter alguém que acompanhe o planejamento e desenvolvimento diário das aulas, nos ajuda a refletir e aprimorar nosso trabalho como educadora.

segunda-feira, maio 17, 2010

5ª semana - Reflexão sobre o trabalho em grupo

Finalmente consegui organizar a minha sala de aula em grupos. Como educadora sempre procurei trabalhar em grupos com meus alunos, pois considero muito importante a troca, a interação. O trabalho em grupo possibilita um maior intercâmbio entre as crianças, que trocam as suas vivências e suas impressões sobre as coisas, proporcionando uma produção coletiva do conhecimento. Penso que o trabalho em grupo favorece o ensino-aprendizagem, aliás, este é um assunto que foi muito abordado ao longo do nosso curso. Como trabalho em uma sala muito pequena, ficava difícil organizá-la, mas como este ano estou com um número reduzido de alunos, ao retirar as mesas que estavam sobrando, vi a possibilidade de organizar em grupos.
Segundo Santomé [...] precisamente pelo fato de comparar conhecimentos, ponto de vista próprios com os dos outros, surgem conflitos sócio-cognitivos, motor de conhecimentos posteriores. A discussão das diferenças colocadas por cada integrante de um grupo de trabalho é uma das maneiras de passar de um conhecimento subjetivo, pessoal, para outro mais objetivo e intersubjetivo (SANTOMÉ, 1998, p.244).
A interação entre os alunos é muito importante, como educadora sempre incentivei que eles se ajudem entre si, pois muitas vezes quando um aluno fica com dúvidas em um determinado conteúdo, as dificuldades podem ser sanadas com uma simples explicação do colega, na linguagem deles.
É uma pena que muitos educadores não tem a percepção da importância do trabalho em grupo e que ainda mantém as formas tradicionais das aulas.
O trabalho em grupo facilita a aprendizagem, pois a dúvida de um, partilhada no grupo, pode ser respondida por outro. É uma forma de fomentar o trabalho cooperativo, coletivo e solidário.

sábado, maio 15, 2010

Ninguém é de ferro

Em meio a essa correria do estágio, cheio de preocupações e ansiedades, um momento de descontração é muito importante para aliviar a tensão, dividir as angústias, compartilhar as conquistas e colocar a fofoca em dia.



segunda-feira, maio 10, 2010

Reflexão do estágio - 4ª semana

A semana foi tranquila, consegui desenvolver meu planejamento sem dificuldades. Meus alunos são participativos e interessados e isso tem contribuído para o desenvolvimento do projeto de trabalho.
Iniciei a semana com atividades sobre o Dia do Trabalhador e me surpreendi com os conhecimentos dos meus alunos sobre profissões e sobre desemprego, muitos relataram que na família tem pessoas desempregadas e que está difícil conseguir outro emprego. Outra coisa que me chamou atenção foi fato da ocupação (profissão) dos pais não ser a escolhida pelos alunos como a profissão desejada para o futuro. O que me lembrou um ditado muito importante que diz que não devemos subestimar nossos alunos.
Tenho trabalhado muito com música, pois considero um importante recurso que nós educadores não podemos abrir mão principalmente com os pequenos que apreciam muito. Outro recurso importante e que lanço mão frequentemente são as brincadeiras. Como educadora acredito que as atividades lúdicas além de serem muito prazerosas e atrativas favorecem a aprendizagem. Os alunos adoram as brincadeiras e jogos, eles demonstram muito entusiasmo em participar, o ambiente fica descontraído e alegre. Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil “A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vinculo essencial com aquilo que é o “não brincar”. Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação isto implica que aquele que brinca tenha domínio da linguagem simbólica. Isto que dizer que é preciso haver consciência da diferença existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhes fornecem conteúdo para realizar-se. Nesse sentido, para brincar é preciso apropriarmos de elementos da realidade imediata de tal forma que atribui-lhes novos significados. Essa peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da realidade (BRASIL, 1998, p. 27). Através da ludicidade os alunos são capazes de explorar sua criatividade, melhorando sua conduta no processo ensino-aprendizagem e sua auto-estima.
Outro recurso que tenho lançado mão no desenvolvimento do meu projeto é a histórias infantis. As histórias encantam as crianças e podem por si só entretê-las por muitos minutos. Elas permitem desdobramento em atividades das mais diversas como: dramatização, jogos e discussões que dão um prolongamento dos seus efeitos e uma melhor reflexão sobre os elementos e a mensagem da história que se acabou de contar. A hora de ouvir uma história é uma oportunidade que desenvolve a atenção das crianças, bem como o desenvolvimento emocional, além de ser o início da aprendizagem para ser um bom leitor.
O livro é parte integrante do dia-a-dia das crianças, é o primeiro passo para iniciar o processo da formação de leitores. Acredito que somente iremos formar crianças que gostem de ler e tenham uma relação prazerosa com a literatura se propiciarmos a elas, desde muito cedo, um contato frequente e agradável com livro e com o ato de ouvir e contar histórias. Segundo o texto: “Tem um monstro no meio da história” trabalhado na interdisciplina Linguagem e Educação “... antes mesmo de a criança conseguir falar, ela já é capaz de entender as histórias contadas pelos adultos e o contato com relatos cotidianos ou contos de fadas, por exemplo, faz com que, aos poucos, adquira um repertório de imagens, nomes e roteiros de ações que utilizará mais tarde”. (GURGEL, 2009).
De acordo com Piaget, as crianças adquirem valores morais não só por internalizá-los ou observá-los de fora, mas por construí-los interiormente através da interação com o meio ambiente. Nesta fase, ouvir histórias (principalmente os contos), entre outras atividades, é possibilidade real de desenvolvimento e aprendizagem.

terça-feira, maio 04, 2010

Reflexão sobre o estágio - 3ª semana

Escolhi o recurso da música para abordar o tema corpo humano, porque as crianças apreciam bastante o cantar, além do fato de a música torna as aulas mais agradáveis e atraentes. Como educadora acredito que devemos valorizar a brincadeira e a música na sala de aula, pois estes desenvolvem muitos aspectos na aprendizagem dos alunos tais como percepção auditiva, a memória, a expressão oral, o ritmo, os limites, entre outros. Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil “Aprender música significa integrar experiências que envolvem a vivência, a percepção e a reflexão, encaminhando-as para níveis cada vez mais avançados” (BRASIL, 1998, p. 48).
Em minhas aulas procuro sempre propor atividades em que os alunos precisam construir algo, como é o caso da atividade em que eles tinham que montar um corpo humano usando partes de diferentes imagens de recortes de revistas. A atividade despertou a imaginação e criação dos alunos e também proporcionou momentos de descontração e interação, eles trocaram imagens entre si e no final riram muito das produções. Segundo Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil “A construção do conhecimento em arte não acontece pelos modelos impostos de desenhos para colorir, mas pelo respeito e estimulo à criação pessoal, atitude que deverá permear todas as ações da escola como espaço social de formação e transformação” (BRASIL, 1998, p. 10). Penso que, trabalhar o fazer artístico dos alunos, não pode de maneira alguma, reduzir-se à reprodução de modelos prontos. É fundamental das oportunidades para que o educando expresse suas idéias, suas vontades, suas criações e forma autêntica. Conduzindo a prática pedagógica nesta linha, o educador estará respeitando e considerando de forma positiva a liberdade de expressão de seus alunos.
Como educadora tenho sempre a preocupação de incluir em minhas aulas atividades lúdicas como é o caso da mímica, pois acredito que esse tipo de atividade proporciona a desinibição, a criatividade e a percepção visual. Segundo Oliveira “A partir do momento em que a criança torna-se capaz de imaginar, ela passa a desenvolver diferentes formas de expressão como a oralidade, a expressão plástica, a música e a expressão dramática, através das quais estabelece relações com o mundo” (OLIVEIRA, 2001, p. 90). As crianças precisam ter oportunidades de vivenciar situações em que estabeleçam relações com o mundo ao seu redor. Dramatizar expressando-se somente com o corpo faz que a criança utilize criatividade e exponha seus conhecimentos sobre aquilo que estão pretendendo representar, além de ser uma ótima atividade, para que os alunos se desinibam e interajam melhor com os outros.
Depois de muita negociação, de argumentar bastante junto à direção sobre a importância de oportunizar que os alunos realizarem trabalhos no ambiente informatizado, consegui finalmente agendar um horário pra minha turma, todas as sextas-feiras. A direção era contra pelo fato de não ter uma pessoa especializada para atender o setor. Também foi determinado um horário de pracinha que é todas as segundas-feiras após o recreio.
Não fomos na pracinha porque choveu, mas o ambiente informatizado foi à sensação, o ponto alto da semana.
A principio eu havia planejado levá-los primeiramente para conhecer o ambiente, já que muitos alunos nunca haviam mexido em um computador. Quando chegamos na sala, a euforia era tanto que eles mal conseguiam se conter. Havia pensado em mostrar sites infantis e também o vídeo de uma música trabalhada, mas não foi possível, pois não tinha Internet. Então reuni todos os alunos diante de um computador para mostrar como era e que tipo de recursos ele oferece. Como percebi que eles estavam eufóricos e que os olhinhos brilhavam diante do computador, conclui que a melhor maneira deles aprenderem era explorando a novidade, no caso o computador. Conforme combinação eles trabalharam em duplas, um aluno que tinha algum conhecimento, com um colega que nunca mexeu no computador. Pra minha surpresa eles se organizaram rapidamente, a concentração era tanta que nem parecia que tinha alunos no ambiente, foi um momento de muitas trocas, um ajudava o outro, eles só lembravam de mim quando apertavam uma tecla errada e precisavam de ajuda. No inicio eles queriam jogar Pinball, mas depois de alguns minutos perderam o interesse pelo jogo e foram desenhar no Paint. Ao refletir sobre a aula, percebi que o uso do computador é um importante recurso do qual nós educadores não podemos jamais abrir mão, pois ele favorece o processo de ensino aprendizagem, a interação e cooperação.

terça-feira, abril 27, 2010

Reflexão sobre o estágio - 2ª semana


A semana teve inicio com um trabalho em comemoração ao Dia do índio, além de fazer parte do currículo, acredito que é uma forma de desfazer pré-conceitos que predominam ao se falar dos povos indígenas, é a valorização da cultura indígena através da educação.A escola precisa ser um local de diálogo e aprendizado para que as vivências do corpo docente e discente respeitem as diferentes formas de vida e expressão cultural. Confesso que fiquei surpresa com os conhecimentos prévios dos meus alunos sobre o tema. Isso demonstra o quanto é importante oportunizar que os alunos demonstrem seus conhecimentos, que haja momentos de trocas, de interação. Para teóricos como Piaget, Vygotsky e Wallon o conhecimento se constrói a partir das trocas, das relações e as interações entre sujeito e o meio. O desenvolvimento depende das experiências oferecidas pelo meio e pelo grau de apropriação que o sujeito faz delas. É através da observação direta do meio e com a mediação do professor que o conhecimento vai sendo construído pelos educandos.
Como educadora tenho procurado incluir a música sempre em planejamentos, pois considero um importante recurso lúdico. Penso que a música contribui para integrar muitos componentes curriculares, além de ocasionar a socialização e o bem estar das crianças. Segundo Snyders (2008) “A música na sala de aula desempenha papel de atividade criativa e integradora do currículo escolar”.
Sempre procuro refletir sobre os trabalhos desenvolvidos na sala de aula, um exemplo é a atividade sobre a linha do tempo em que os alunos tinham que imaginar algo e desenhar, ela contribuiu para uma reflexão sobre a necessidade de incluir na prática pedagógica uma ligação com o fazer artístico do aluno, através de atividades que façam com que os alunos liberem a imaginação e criação. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais “A arte tem representado desde os tempos mais remotos uma atividade fundamental do ser humano que dela se vale para comunicar, simbolizar, expressar e compartilhar com seus semelhantes experiências, idéias e emoções. Sua importância esta na possibilidade de acionar ao mesmo tempo processos referentes tanto a sensibilidade quanto ao conhecimento sistematizado, articulando-se entre os imaginários e o real...” (BRASIL, 1997, p.8).
Outra coisa que considero importante é a necessidade em desenvolver atividades significativas para os alunos, que despertem o interesse e a vontade deles em participar das aulas.

terça-feira, abril 20, 2010

Estágio: 1ª semana

Senti-me um pouco nervosa ao iniciar a primeira semana de estágio, mas aos poucos fui me acalmando e tudo transcorreu normalmente. A princípio fiquei preocupada em vencer tudo que havia programado para a semana o que contribuiu para eu refletir que o planejamento deve ser flexível, que não tenho que me preocupar em vencer tudo que foi planejado, mas sim respeitar o ritmo dos alunos, pois cada um tem seu jeito particular e único de aprender.
Como educadora procuro sempre estimular a cooperação e a interação entre os alunos, fazendo com que eles se ajudem mutuamente, pois acredito que a aprendizagem acontece a todo o momento através da interação entre indivíduos. Com a minha turma de estágio isso já está acontecendo, normalmente os alunos que terminam mais rapidamente suas atividades pedem para ajudar os colegas que ainda não concluíram suas atividades. De acordo com Vygotsky, todo ser humano se constitui um “ser” pelas relações que estabelece com os outros seres humanos. O sujeito é interativo, porque forma conhecimentos e se constitui a partir de relações intra e interpessoais. É na troca com outros sujeitos e consigo próprio que se vão internalizando conhecimentos, papéis e funções sociais, o que permite a formação do conhecimento e da própria consciência. A aprendizagem é o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, atitudes e valores a partir de seu contato com a realidade, com o meio ambiente e com pessoas.
Em todas as aulas procurei desenvolver atividades lúdicas, pois acredito que elas tornam a aprendizagem mais atraente e significativa. Enquanto as crianças brincam, elas se desenvolvem e se socializam.
De acordo com Ângela Meyer Borba (2007) “O plano informal das brincadeiras possibilita a construção e a ampliação de competências e conhecimentos nos planos da cognição e das interações sociais, o que certamente tem conseqüências na aquisição de conhecimentos no plano da aprendizagem formal”.