domingo, setembro 27, 2009

Planejamento

Na minha prática docente realizamos planejamento de curso e às vezes de unidade, mas na maioria das vezes apenas para cumprir uma formalidade, já que nem sempre ele é cumprido. Eu tenho diário, pois tenho por hábito planejar minhas aulas, acho importante para atingir os objetivos e não cair na improvisação. Não planejo da mesma forma como quando era estagiaria do magistério, onde haviam planejamentos de unidade e os planos de aulas eram bem detalhados, no meu diário registro apenas os conteúdos, as atividades desenvolvidas, os recursos utilizados. Quanto à avaliação, normalmente tenho um caderno aonde vou registrando dados que observo durante as aulas em relação ao desenvolvimento dos meus alunos. Eu não abandonei o diário, mas me considero uma exceção, pois percebo que a maioria das minhas colegas não possui diário.

segunda-feira, setembro 21, 2009

Reflexão sobre a EJA


“... a Educação de Jovens e Adultos (EJA) representa uma divida social não reparada para com os que não tiveram acesso a e nem domínio da escrita e leitura... Fazer a reparação desta realidade, dívida inscrita em nossa história social e na vida de tantos indivíduos, é um imperativo e um dos fins da EJA porque reconhece o advento para todos deste principio de igualdade”. (BRASIL, 2000).

Apesar de muitas lutas, acordos e leis, a EJA ainda tem um longo caminho a percorrer até se tornar um direito constituído e assumido pelos governos.Idéias antigas como “erradicação do analfabetismo” ainda acompanha as ações que se implementam pelo Brasil afora, o que demonstra que ainda há muito a fazer para se superar o caráter de campanha e avançar na construção de uma política pública que se sustente para além de único governo.
Acredito que o EJA já conseguiu um avanço significativo em relação a sua história, no entanto, ainda tem muitos desafios para superar como: o avanço da expansão nas redes públicas de ensino, a conscientização dos governos municipais e estaduais sobre a importância e necessidade de se investir na EJA, a necessidade de se investir na formação dos professores...

segunda-feira, setembro 14, 2009

Contribuições de Comênio para a Didática

Comênio (1592-1670) acreditava que o homem, por ser dotado de razão, pode entender a si e a todas as coisas. Por isso, deve se dedicar a aprender e a ensinar. Ele concluiu que o mais importante na vida não é a contemplação e sim a ação, o "fazer".
Segundo ele a prática escolar, deveria imitar os processos da natureza. Nas relações entre professor e aluno, seriam consideradas as possibilidades e os interesses da criança. O professor passaria a ser visto como um profissional, não um missionário, e seria bem remunerado por isso. E a organização do tempo e do currículo levaria em conta os limites do corpo e a necessidade, tanto dos alunos quanto dos professores, de ter outras atividades.
Defendeu o ensino de "tudo para todos" e foi o primeiro teórico a respeitar a inteligência e os sentimentos da criança.
Apesar de existir a mais de 300 anos, muitos elementos da pedagogia do Comênio, exceto os de aspectos religiosos, são utilizado atualmente no cotidiano escolar.
Segundo as palavras de Comênio é preciso respeitar a capacidade de compreensão do aluno, progredir do fácil para o difícil, trabalhar a motivação e a interação através de aulas que alternem o trabalho com descanso, onde a aprendizagem parta dos sentidos, da experiência do aluno, da ação, e não a partir de teorias abstratas. Assim como Comênio, também utilizo o livro didático em minhas aulas, não o sigo a risca, mas utilizo como um apoio para a alfabetização. Procuro desenvolver os conteúdos sempre partir da realidade dos alunos, valorizando suas vivencias e estimulando a observação e experimentação. Gosto de trabalhar em grupo e utilizo muitos jogos e brincadeiras, pois acredito que facilitam a aprendizagem, trabalha a motivação e tornam as aulas menos cansativas. Como trabalho com alfabetização também parto do princípio de que é preciso progredir do fácil para o difícil, ou seja, inicio trabalhando com palavras simples que tenham significado para eles, sons e frases simples até evoluir para palavras e frases mais complexas, sempre respeitando o limite e capacidade de compreensão dos meus alunos.

segunda-feira, setembro 07, 2009

Oralidade e Escrita








O português assim como todas as línguas humanas variam de acordo com as características dos diversos grupos sociais e com as diferentes situações sociais de uso. Apesar de utilizarem o mesmo sistema lingüístico, a fala e escrita possuem características distintas, mas não podem ser vistas de maneira isolada, com privilégio da escrita sobre a fala. Ambas têm um papel importante e não competem, se distinguem quanto ao meio utilizado.
Geralmente os modos de falar são marcados por menos atenção e menos planejamento que os modos de escrever. Podemos dizer que quando falamos nos monitoramos menos do que quando estamos escrevendo. Isso acontece porque a escrita tem um caráter permanente, enquanto a fala é momentânea.
Penso que a escola possui uma fundamental importância tanto na oralidade quanto na escrita. É função da escola possibilitar a todos os cidadãos o domínio da língua padrão escrita, para as práticas de leitura e de produção de textos, isso se desenvolve de modo gradativo com muito incentivo e motivação, não esquecendo que circulam textos escritos em outras variedades lingüísticas diferentes do padrão culto. Quanto à linguagem oral é necessário que a escola promova atividades em sala de aula que contemplem os vários níveis de formalidade e informalidade, a fim de que o aluno tenha condições de adequar sua linguagem em diferentes situações comunicativas, adaptando-se a elas.

sábado, setembro 05, 2009

Reflexão: Que marcas eu gostaria de deixar nos meus alunos

A primeira atividade da interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação foi super importante, me fez refletir sobre o meu papel como educadora, que marcas eu gostaria de deixar nos meus alunos. Preocupo-me tanto em alfabetizá-los, que nunca parei para refletir profundamente sobre isso. Não quero que meus alunos aprendam a memorizar conteúdos, e sim que eles aprendam a compreender, raciocinar, discutir, criar e transformar. Sei que não faço milagres e que infelizmente na prática isso não acontece com a maioria, mas se eu conseguir semear essa sementinha e ela germinar em um aluno que seja, já me sinto realizada. Não quero ser lembrada como uma professora qualquer, aquela ruim, boazinha... Quero ser lembrada como uma professora que fez a diferença na vida de alguém, que lhe ensinou algo precioso, a ter autonomia para expressar seus pensamentos e criatividade para vencer os desafios da vida.