segunda-feira, junho 07, 2010

Refletindo sobre avaliação

Estamos no final do 1º trimestre nas escolas, momento em que construímos os relatórios de avaliação para e entregar aos pais. Sempre considerei a avaliação como algo delicado, em que temos que ter um cuidado especial com o que vamos avaliar, de que forma vamos avaliar e também com a linguagem utilizada. O curso do PEAD tem contribuído muito para uma reflexão sobre a avaliação, pois além da teoria estudada e de ser uma educadora, eu também sou aluna, e, portanto sou avaliada. Pra mim é sempre um momento difícil, os trabalhos postados, os comentários e principalmente quando chega o final de cada eixo e tem a construção do portfólio. A insegurança, o friozinho na barriga na apresentação é inevitável, e depois vem à ansiedade até a divulgação do resultado final. O estágio supervisionado tem contribuído ainda mais para uma reflexão sobre a avaliação. O fato de nesse momento eu ser aluna estagiaria do curso do PEAD, de ter um acompanhamento diário do meu trabalho em sala de aula pelas professoras e tutora, de receber visitas das mesmas, permitiu que eu me colocasse no lugar o do meu aluno e percebesse o quanto é difícil o processo de avaliação. Na turma (1º ano) em que estou realizando o estágio a avaliação se dá através da observação permanente. O resultado é expresso em parecer descritivo a cada final de trimestre. Além da minha avaliação, eu propus aos meus alunos uma autoavaliação, onde eles deveriam atribuir carinhas (alegre, se estivesse bom; zangada, se estivesse mais ou menos e triste, se considerassem que não ficou bom) aos trabalhos realizados. Um aluno fez um trabalho e colocou uma carinha alegre, quando ele me entregou eu observei que o desenho feito por ele foi pintando com uma cor só não respeitando os limites da linha. Eu questionei porque ele colocou uma carinha alegre, se ele achava que tinha realmente tinha ficado bom, ele prontamente me respondeu que sim. Perguntei porque ele achava que tinha ficado bom e ele me respondeu que era porque ele tinha dado o melhor dele. Eu fiquei sem ação diante da colocação dele, e isso contribuiu para reforçar o meu pensamento sobre o quanto é importante conhecer os alunos, observá-los diariamente, saber seus limites e capacidades para que ao final de cada trimestre a avaliação seja justa e leve em consideração tudo que foi construído pelo aluno ao longo do processo.

Um comentário:

Colégio Érico Veríssimo disse...

Olá Sandra!

o processo de avaliação, como bem colocou, é um processo e não um momento. Deixa de lado a ideia que tínhamos quando éramos alunas de punição, de cobranças de listagem de conteúdos...
E como um processo, o professor tem um papel fundamental pois precisa intervir a fim de possibilitar aos alunos novas descobertas e novos conhecimentos, não é mesmo?

grande abraço,
Vanessa