segunda-feira, outubro 12, 2009

Lingua de Sinais

A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é a língua da comunidade surda brasileira e que possui a sua própria estrutura e gramática através do canal comunicação visual. Consiste de sinais que surgem da combinação de configurações de mão, movimentos e de pontos de articulação, locais no espaço ou no corpo onde os sinais são feitos, os quais, juntos compõem as unidades básicas dessa Língua, um sistema lingüístico de transmissão de idéias e fatos, que como qualquer língua, também existem diferenças regionais. Em quase todas as cidades vamos encontrar associações de surdos onde eles se reúnem e convivem socialmente.
Eu pessoalmente não conheço nenhuma pessoa surda, nunca tive nenhum tipo de contato a não ser agora trabalhando na interdisciplina. Penso que as pessoas surdas são pessoas como outra qualquer, ser surda não significa que ela seja incapaz. Devido a sua deficiência ela pode ter dificuldades para realizar algumas atividades, mas por outro lado, poderá ter extrema habilidade para fazer outras coisas. Ser surdo é falar com as mãos, é perceber o mundo, esse universo de barulhos, principalmente através da visão e isso as tornas diferentes e não necessariamente deficientes. Apesar de todo o avanço tecnológico ter contribuído bastante para a vida dos surdos, e de existir leis especificas que asseguram direitos aos mesmos, penso que o caminho ainda é de muita luta, principalmente para que essas leis deixem de existir apenas no papel e sim que sejam aplicadas na prática.
Pesquisando descobri que se eu fosse conversar com uma pessoa surda o correto seria dirigir-me diretamente a ela, e não a seus acompanhantes ou intérpretes e também que devo tomar alguns cuidados ao interagir com ela, como: falar diretamente com a pessoa de forma clara, pronunciando bem as palavras, num tom de voz e velocidade normal, a não ser que a pessoa peça para falar mais devagar ou mais alto; ao falar fazer com que a boca esteja bem visível para facilitar a leitura labial; ficar num lugar iluminado para conversar com ela, evitando ficar contra a luz, para não dificultar a visão do rosto; se souber alguma língua de sinais, tentar usar, caso ela não compreenda, avisará; ser expressivo ao falar, pois as expressões faciais, os gestos ou sinais e o movimento do corpo são excelentes indicações do que se quer dizer; ao conversar manter sempre o contato visual, pois se desviar o olhar, a pessoa pode pensar que terminou a conversa; nem sempre a pessoa surda tem boa dicção se houver dificuldade em entendê-la é só pedir que ela repita; caso seja necessário eu posso me comunicar através de bilhetes, já que a forma que eu vou utilizar não importa, o que importa de fato é se comunicar. Eu acho a Língua de Sinais fascinante, pois além de ser um facilitador para a aprendizagem dos surdos, ela expande seus horizontes.

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